quinta-feira, 20 de março de 2014

Um pouco de História do Brasil.

"É preciso no presente, conhecer o passado, para se viver no futuro."

Plebiscito sobre a forma e o sistema de governo do Brasil (1993)

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
plebiscito de 1993 no Brasil ocorreu em 21 de abril daquele ano para determinar a forma e o sistema de governo do país.1 Após a redemocratização do Brasil, uma emenda da nova Constituição determinava a realização de um plebiscito no qual os eleitores iriam decidir se o país deveria ter um regime republicano ou monarquista controlado por um sistema presidencialista ou parlamentarista. A lei número 8.624, promulgada pelo presidente Itamar Franco em 4 de fevereiro de 1993, regulamentou a realização do plebiscito.2
A maioria dos eleitores votou a favor do regime republicano e do sistema presidencialista, maneira pela qual o país havia sido governado desde a Proclamação da República 104 anos antes – com exceção de uma breve experiência parlamentar entre 1961 e 1963,1 3 que também havia sido derrotada num plebiscito. Apesar da veiculação de propaganda eleitoral gratuita nas emissoras de rádio e televisão, o comparecimento às urnas foi relativamente pequeno (74,3%), considerando que o voto é obrigatório no país.

Origem[editar | editar código-fonte]

A tentativa de ressurreição da forma de governo monárquica veio do deputado federal Antônio Henrique Bittencourt da Cunha Bueno (doPartido Social Democrático de São Paulo), membro da Assembleia Constituinte que aprovou a Constituição.1 Monarquista e filho de Antônio Sílvio Cunha Bueno, um dos fundadores do PSD em São Paulo, Antônio Henrique propôs a emenda que previa a realização de plebiscito para dar aos eleitores brasileiros a possibilidade de escolherem a forma e o sistema de governo que preferiam.1 Seus principais argumento era o de que, durante o reinado de Dom Pedro II, o Brasil viveu um período de grande estabilidade,1 e que o movimento monarquista na verdade era antigo, que começou 1889 assim que o Imperador Pedro II foi deposto por um golpe de estado planejado apenas por altos militares (e não pelo povo que na época estava confiante com a princesa Isabel, pelo fim da escravidão). A emenda foi incluída no Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, da Constituição.1 Para garantir a inclusão da emenda, o movimento monarquista obteve a colheita de mais de um milhão de assinaturas em abaixo-assinado.
Em maio de 1992, Antônio Henrique lançou o Movimento Parlamentarista Monárquico (MPM) ao lado de Pedro de Alcântara Gastão de Orléans e Bragança, então líder do ramo de Petrópolis da família imperial brasileira e um dos dois pretendentes ao trono brasileiro.1 Na visão de Pedro de Alcântara, apenas os petistas eram capazes de rivalizar com a militância monárquica.1 No ano seguinte, após a turbulência do impeachment de Fernando Collor de Mello, o recém-empossado presidente, Itamar Franco, promulgou a lei número 8.624, regulamentando a realização do plebiscito.2

Campanha[editar | editar código-fonte]

De acordo com alguns institutos de pesquisa, a campanha monárquica foi capaz de obter o apoio de 22% dos eleitores em 1992. Preocupados com isso, os republicanos representados pelos principais partidos políticos da época articularam a formação da Frente Presidencialista (que incluía o PT, o PFL, o PMDB e o PTB) de um lado e da Frente Parlamentarista (PSDB) de outro.4 Apesar da monarquia não ter conquistado a maioria dos votos, seu slogan Vote no rei se tornou um dos mais conhecidos de toda a história das campanhas eleitorais no Brasil.[carece de fontes]

Resultados[editar | editar código-fonte]

Gráfico dos votos[editar | editar código-fonte]

Regime monárquico:
6.843.196(13,4%)
Regime republicano:
44.266.608(86,6%)
Sistema parlamentar:
16.518.028(30,8%)
Sistema presidencial:
37.156.884(69,2%)

Total de votos[editar | editar código-fonte]

Forma de governo5
RegimeVotos % dos votos
Yes República44.266.60866,0
No Monarquia6.843.19610,2
Votos em branco7.030.81510,5
Votos nulos8.869.79013,2
Total67.010.409100
Abstenção23.265.770
(25,7% do eleitorado)
Sistema de governo5
SistemaVotos % dos votos
Yes Presidencialismo37.156.88455,4
No Parlamentarismo16.518.02824,6
Votos em branco3.467.1815,2
Votos nulos9.868.31614,7
Total67.010.409100
Abstenção23.246.143
(25,7% do eleitorado)

Resultados por estado[editar | editar código-fonte]

EstadoEleitoradoAbstençãoMonarquiaRepúblicaNulosBrancos
 Acre237.001
(100%)
102.191
(43,1%)
11.292
(11,1%)
90.520
(88,9%)
14.376
(10,6%)
18.622
(13,8%)
 Alagoas1.041.236
(100,0%)
325.352
(31,2%)
64.326
(13,4%)
414.747
(86,6%)
142.350
(19,8%)
94.461
(13,2%)
 Amapá169.409
(100,00%)
73.832
(43,6%)
8.838
(10,8%)
72.743
(90,2%)
5.554
(5,8%)
8.442
(8,8%)
 Amazonas1.012.167
(100,0%)
470.406
(46,5%)
63.575
(13,9%)
394.427
(86,1%)
33.207
(6,1%)
50.552
(9,3%)
 Bahia6.701.268
(100,00%)
3.052.930
(48,5%)
247.454
(9,4%)
2.371.859
(90,6%)
494.347
(13,5%)
534.678
(14,6%)
 Ceará3.809.457
(100,00%)
1.332.959
(35,0%)
212.748
(11,4%)
1.655.965
(88,6%)
295.062
(11,9%)
312.723
(12,6%)
 Distrito Federal908.429
(100,0%)
144.507
(15,9%)
69.552
(11,2%)
550.285
(88,8%)
94.667
(12,4%)
49.418
(6,4%)
 Espírito Santo1.618.431
(100,0%)
382.081
(23,7%)
134.398
(14,8%)
773.667
(85,2%)
188.417
(10,8%)
139.868
(11,3%)
 Goiás2.514.553
(100,0%)
766.846
(30,4%)
174.937
(13,0%)
1.171.341
(87,0%)
215.623
(12,3%)
185.806
(10,6%)
 Maranhão2.590.598
(100,0%)
1.518.669
(58,6%)
63.094
(7,3%)
799.739
(92,7%)
85.181
(7,9%)
123.915
(11,5%)
 Mato Grosso1.196.767
(100,0%)
480.481
(40,2%)
75.689
(13,7%)
477.506
(86,3%)
73.411
(10,2%)
89.680
(12,5%)
 Mato Grosso do Sul1.127.470
(100,0%)
288.838
(25,6%)
92.456
(14,2%)
559.890
(85,8%)
96.569
(11,5%)
89.717
(10,7%)
 Minas Gerais10.116.428
(100,0%)
2.258.639
(22,3%)
731.714
(12,8%)
4.993.712
(87,2%)
1.200.918
(15,3%)
931.445
(11,8%)
 Pará2.616.490
(100,0%)
1.260.558'
(48,2%)
153.898
(14,3%)
922.941
(85,7%)
113.001
(8,3%)
166.092
(12,2%)
 Paraíba1.986.739
(100,0%)
660.655
(33,2%)
82.876
(8,7%)
866.191
(91,3%)
201.175
(15,2%)
175.842
(13,3%)
 Paraná5.495.947
(100,0%)
1.189.892
(21,7%)
420.276
(12,8%)
2.855.862
(87,2%)
611.048
(14,2%)
418.869
(9,7%)
 Pernambuco4.247.205
(100,0%)
1.357.513
(32,0%)
222.020
(11,1%)
1.787.302
(88,9%)
481.357
(16,6%)
399.013
(13,8%)
 Piauí1.857.832
(100,0%)
613.604
(33,0%)
48.059
(4,8%)
951.774
(95,2%)
103.191
(8,3%)
141.204
(11,3%)
 Rio de Janeiro8.732.024
(100,0%)
1.541.654
(17,6%)
938.964
(16,3%)
4.821.310
(83,7%)
842.977
(11,7%)
587.119
(8,2%)
 Rio Grande do Norte1.417.805
(100,0%)
441.848
(31,2%)
58.936
(8,7%)
620.418
(91,3%)
170.266
(17,4%)
126.337
(12,9%)
 Rio Grande do Sul6.069.273
(100,0%)
941.185
(15,6%)
372.469
(8,8%)
3.835.721
(91,1%)
403.378
(7,9%)
516.520
(10,1%)
 Rondônia661.331
(100,0%)
331.660
(50,1%)
37.226
(14,9%)
213.098
(85,1%)
35.000
(10,6%)
44.347
(13,4%)
 Roraima101.947
(100,0%)
42.465
(41,7%)
5.121
(10,5%)
43.872
(89,5%)
4.093
(6,8%)
6.396
(10,7%)
 Santa Catarina2.974.926
(100,0%)
507.669
(17,0%)
272.577
(14,5%)
1.611.149
(85,5%)
343.173
(13,9%)
240.328
(9,7%)
 São Paulo19.812.705
(100,0%)
2.538.737
(12,8%)
2.210.203
(16,6%)
11.109.007
(83,4%)
2.487.620
(14,4%)
1.467.136
(8,5%)
 Sergipe891.788
(100,0%)
291.995
(32,7%)
48.252
(11,5%)
372.350
(88,5%)
109.413
(18,2%)
69.778
(11,6%)
 Tocantins621.900
(100,00%)
348.574
(56,1%)
19.601
(9,3%)
191.524
(90,7%)
23.442
(8,6%)
38.759
(14,2%)




 Depois




domingo, 9 de março de 2014

Para reflexão. A música verdade



O Meu País

Tô vendo tudo, tô vendo tudo
Mas, fico calado, faz de conta que sou mudo

Um país que crianças elimina
Que não ouve o clamor dos esquecidos
Onde nunca os humildes são ouvidos
E uma elite sem Deus é quem domina
Que permite um estupro em cada esquina
E a certeza da dúvida infeliz
Onde quem tem razão baixa a cerviz
E massacram - se o negro e a mulher
Pode ser o país de quem quiser
Mas não é, com certeza, o meu país

Um país onde as leis são descartáveis
Por ausência de códigos corretos
Com quarenta milhões de analfabetos
E maior multidão de miseráveis
Um país onde os homens confiáveis
Não têm voz, não têm vez, nem diretriz
Mas corruptos têm voz e vez e bis
E o respaldo de estímulo incomum
Pode ser o país de qualquer um
Mas não é com certeza o meu país

Um país que perdeu a identidade
Sepultou o idioma português
Aprendeu a falar pornofonês
Aderindo à global vulgaridade
 Um país que não tem capacidade
De saber o que pensa e o que diz
Que não pode esconder a cicatriz
De um povo de bem que vive mal
Pode ser o país do carnaval
Mas não é com certeza o meu país

Um país que seus índios discrimina
E as ciências e as artes não respeita
Um país que ainda morre de maleita
Por atraso geral da medicina
Um país onde escola não ensina
E hospital não dispõe de raio - x
Onde a gente dos morros é feliz
Se tem água de chuva e luz do sol
Pode ser o país do futebol
Mas não é com certeza o meu país

Tô vendo tudo, tô vendo tudo
Mas, fico calado, faz de conta que sou mudo

Um país que é doente e não se cura
Quer ficar sempre no terceiro mundo
Que do poço fatal chegou ao fundo
Sem saber emergir da noite escura
Um país que engoliu a compostura
Atendendo a políticos sutis
Que dividem o brasil em mil brasis
Pra melhor assaltar de ponta a ponta
Pode ser o país do faz-de-conta
Mas não é com certeza o meu país

Tô vendo tudo, tô vendo tudo
Mas, fico calado, faz de conta que sou mudo