sábado, 22 de julho de 2017

Utilidade Pública: Alerta: Cuidado com os testes no Facebook

Cuidado com os testes no Facebook

Brincadeiras que viraram febre na rede social podem acabar 

com a sua privacidade, dizem especialistas


Se você gosta de descobrir em testes de Facebook o que fez em uma vida passada, qual cor combina com a sua personalidade e o que o seu rosto diz sobre a sua pessoa, saiba que você está correndo perigo.
Especialistas em segurança digital alertam que sites e aplicativos dos testes que viraram febre na internet podem passar a saber muito sobre você e até infectar o seu computador ou celular.
É que, antes de fazer qualquer teste, o usuário tem de permitir o acesso do serviço ao Facebook. É aí que mora o problema!
“Se for solicitado só o e-mail do usuário, o nível de risco é bastante baixo. Mas, se pedir para acessar posts, lista de contatos e fotos e realizar publicações em nome da pessoa, fica mais perigoso”, adverte o gerente de segurança da PSafe, Emilio Simone.
A partir do momento que o acesso é dado, o dono daquele site ou aplicativo passa a ter em mãos todas as informações que o usuário concordou em liberar.
“O principal risco é que o serviço vai conseguir postar como se fosse o próprio usuário, entrar em contato com os amigos e gerenciar as fotos”, analisa Emilio. Uma baita falta de privacidade, né?
O pior de tudo, segundo o diretor de cibersegurança da Cypher, Wolmer Godoi, é que o usuário não sabe como as informações dele poderão ser usadas. “Em uma transação que você não sabe o que tá sendo negociado, provavelmente o produto é você. Não existe nada de graça”.
É perigoso colocar seus dados em uma plataforma cujos administradores são desconhecidos. “Tem risco de o aplicativo ser mal-intencionado e até deixar vírus no seu equipamento para ficar capturando coisas suas”.
O presidente da empresa de cibersegurança Eset, Camillo Di Jorge, pondera que não dá para cravar que todo teste de Facebook é fraudulento, mas diz que os transtornos podem ir além da rede social.
“Um dos perigos é que um grande número de usuários usa a mesma senha para diversos serviços. Quem desenvolve esses sites pode conseguir acesso e depois testar a senha em outros locais”.
Ele recomenda que, na dúvida, é melhor não fazer os testes. “Não vale a pena correr o risco de ter suas informações expostas e a privacidade comprometida”.
Como desativar
Se você já fez o teste e ficou preocupado, calma que dá para desfazer o estrago. É só ir nas configurações do Facebook e remover o acesso dos aplicativos que você não quer mais.








Fonte: http://www.atribuna.com.br

quinta-feira, 20 de julho de 2017

A condenação de Lula é uma aberração. O QUE VOCÊ ACHA. QUANTOS MAIS PODERIAM SEREM CONDENADOS ...E NÃO O SÃO...





ANADOLU AGENCY VIA GETTY IMAGES
Após a condenação do ex-presidente Lula pelo juiz Sério Moro, manifestantes tomaram a Avenida Paulista, em 
São Paulo, em apoio ao presidente.

Você já parou para pensar no que levou o juiz Sérgio Moro a absolver Cláudia Cruz e Adriana Ancelmo, esposas de Eduardo Cunha e Sérgio Cabral, respectivamente?


Ambas, você deve saber, fizeram a farra com o dinheiro público roubado por Cunha e Cabral. Elas 
sigilos de áudios de conversas de dona Marisa Letícia, esposa do presidente Lula, com um de seus 
filhos? Conversas que não tinham a ver com as investigações, diga-se. E por que ele
Lula?



Você já parou para pensar por que o juiz Sérgio Moro aliviou a pena do doleiro Alberto 
 aberto?



Bem, se você nunca se fez essas perguntas, talvez seja a hora de pensar a respeito. Porque 
seguinte à 
contra o 
presidente Michel Temer.



Mas o problema não é a condenação de Lula. Se houvesse provas, muita gente reclamaria, 
é claro, mas eu, por exemplo, não estaria escrevendo este texto. Afinal, haveria provas cabais. 
E como contestar uma condenação com provas?


O problema é que, no caso de Lula, não existem provas. A condenação foi baseada
 em indícios, delações, ilações, "ouvi dizer". Ao que tudo indica, foi uma condenação encomendada 
 Mas dona Marisa, que mesmo em coma sofreu humilhações nojentas de pessoas repugnantes,
 morreu em decorrência do desgaste emocional que a decisão de Sérgio Moro provocou em 
sua vida.


"Mas Cunha e Cabral estão presos", alguém pode retrucar. Estão, claro que estão. 
Se não estivessem, com tantas provas que existem contra eles, o escândalo - e o escárnio -
 seria ainda maior.


O que assusta e causa indignação é que, no caso de Lula, transformaram indícios 
em provas. E isso não é justo nem correto. Criminosos devem ser condenados, lógico, 
desde que sejam apresentadas provas irrefutáveis. Mas não é esse o caso.


Essas condenações com base em indícios e delações premiadas, algumas muito 
suspeitas, vão acabar nos custando muito caro. Não se pode "brincar" com o Estado
 de Direito, nem utilizar subterfúgios para condenar injustamente quem quer que seja.


O que estamos presenciando no Brasil beira o Estado de exceção. Vamos ver até 
quando o nosso país vai aguentar passivamente tantas arbitrariedades.


*Este artigo é de autoria de colaboradores ou articulistas do HuffPost Brasil e
 não representa ideias ou opiniões do veículo. Mundialmente, o HuffPost oferece 
espaço para vozes diversas da esfera pública, garantindo assim a pluralidade do 
debate na sociedade.

Fonte: http://www.huffpostbrasil.com

domingo, 16 de julho de 2017

Tire o celular das crianças. Transtorno do déficit de atenção afeta número crescente de crianças e provoca debate a respeito do sobre diagnóstico

Tire o celular das crianças

Transtorno do déficit de atenção afeta número crescente de crianças e provoca debate a respeito do sobre diagnóstico.



Assistir desenhos no celular ao comer é prática cada vez mais comum entre crianças ULRICH BAUMGARTE


A atenção é a janela através da qual o cérebro percebe o mundo que o rodeia. Quando a criança nasce, mal consegue direcionar seu interesse para o mundo exterior. No começo presta atenção somente a suas próprias sensações, chorando quando tem fome, sono ou frio ou quanto se sente sozinha. Aos poucos começa a fixar sua atenção nos mamilos de sua mãe, uma forma mais escura destacada no horizonte. A partir de então começa uma longa viagem, na qual a criança vai aprendendo que obedecer a certos estímulos lhe traz uma série de benefícios.

Com poucas semanas a criança reconhece facilmente objetos que emitem sons ou se movem; por isso os chocalhos despertam seu interesse. Os pais usam todo tipo de brinquedo e gestos com as mãos para atrair sua atenção; daí as cantigas infantis. E também começam, de maneira instintiva, a ajudá-la a fixar a atenção em estímulos imóveis. Primeiro uma árvore cujas folhas se mexem suavemente, depois uma foto em que a criança está junto com a mãe, e a seguir, uma historinha em que quase nada acontece.


Dessa maneira a criança começa a desenvolver uma habilidade tremendamente complexa, que é a de controlar a própria atenção e voltá-la não somente aos estímulos móveis como também aos que estão mais parados ou são mais chatos. Com isso crescerá sendo capaz de ouvir seu professor, mesmo que o coleguinha ao lado esteja fazendo gracinhas. Aprenderá a se abstrair com um livro, mesmo que uma mosca voe em volta, e um dia conseguirá se concentrar ao volante, mesmo que a estrada seja uma longa reta e seu cérebro esteja cansado.


Dominar a atenção e ser capaz de eliminar outros estímulos que tentam nos distrair é uma habilidade que oferece múltiplas vantagens. Permite que nos concentremos no que realmente queiramos ou desejemos, que detectemos detalhes e matizes que outros não percebem, que aprendamos idiomas com mais facilidade, que persistamos em nossas metas até atingi-las ou reduzamos o nível de estresse.

Os pais passam menos tempo com os filhos, e isso parece interferir no desenvolvimento do autocontrole

Há anos vivemos um verdadeiro auge de um diagnóstico que provoca sofrimento nos pequeninos: o transtorno do déficit de atenção (TDA). Dos anos setenta até 2010, o número de crianças diagnosticadas nos Estados Unidos foi multiplicado por sete. De 2000 a 2012, o número de receitas expedidas no Reino Unido para tratar esse transtorno cognitivo foi multiplicado por quatro. Os fatores que provocaram essa elevação são muitos e são complexos. De um lado, a sensibilização dos pediatras os tornou mais eficazes na detecção. De outro, a possibilidade de fazer o diagnóstico a partir de três anos de idade (em vez de seis anos) foi outro motivo para o aumento da prevalência.


Só que há também outras razões, mais difíceis de entender. A mais preocupante de todas é o sobrediagnóstico: os especialistas mais alarmistas avaliam que até 4% da população infantil pode sofrer esse transtorno, e a verdade é que cerca de 10% das crianças na Espanha tomarão remédios para tratar o TDA em algum momento de sua vida escolar.


Os motivos que levam ao sobrediagnóstico parecem ser muitos. Os padres passam menos tempo com os filhos, e isso parece interferir no desenvolvimento de habilidades como o autocontrole e a capacidade para superar a frustração. As escolas têm menos paciência com os alunos difíceis ou que não estão motivados para aprender, em muitos casos sob pressão por resultados acadêmicos da escola como um todo.

Os celulares são usados para distrair as crianças enquanto terminam a papinha, mas desse jeito não aprendem a se concentrar

Também nos deparamos com a intromissão das novas tecnologias no cérebro em desenvolvimento de nossos filhos. Desde os anos oitenta sabemos que mais tempo na frente da TV se traduz em menos paciência e autocontrole, pior desenvolvimento maturativo da atenção e maiores taxas de fracasso escolar. A razão é muito simples – quando a criança brinca, desenha ou interage com seus pais ou irmãos, o cérebro precisa voltar a atenção voluntariamente para aqueles estímulos ou pessoas com que interage. Ao se sentar na frente da TV, é a tela que captura a atenção da criança e faz todo o trabalho.

Por isso nos agrada ver TV ou grudar no celular, não porque estimulem nosso cérebro, e sim porque nos entretêm, nos relaxam. Hoje os celulares são usados para distrair a criança quando tem que se concentrar para terminar a papinha. Para entreter a criança quando tem que esperar no pediatra. Para despistar a criança quando tem que se esforçar para vestir o pijama no final do dia. Com esse tipo de estratégia parece lógico que o cérebro aprenda que a cada vez que tiver que se esforçar, que se concentrar ou esperar quieto... terá permissão para se distrair.

Sem dúvida estamos educando crianças menos pacientes, menos atentas e com menos capacidade de se esforçar, reflexo de uma geração de pais menos pacientes e que damos menos valor a fazer as coisas devagar.

Tudo isso faz que muitas crianças sejam levadas a um especialista, que observa todos os sintomas necessários para o diagnóstico: pouco autocontrole, distração e falta de motivação. Em muitos casos o diagnóstico e o tratamento das crianças estão certos. Para muitas outras, acreditamos, o transtorno do déficit de atenção é um estigma de uma sociedade que anda depressa demais para educar devagar.

Algumas crianças, com a ajuda de seus pais, professores ou terapeutas, vão desenvolvendo habilidades cognitivas tais como maior autocontrole e paciência, possibilitando a redução e compensação das dificuldades com a atenção. Conforme crescem, costumam preferir e se encaixar bem em trabalhos que lhes permitam se deslocar e fazer coisas diferentes ao longo do dia.

Mas podem continuar existindo desafios na vida cotidiana. Muitos os encontram quando têm seus próprios filhos, e a paciência, a ordem e a organização voltam a ser elementos adaptativos fundamentais. Alguns adultos com dificuldades de atenção não experimentam nenhuma dificuldade em sua vida cotidiana, outros se regulam graças a remédios, e um terceiro grupo sofre muitas dessas dificuldades sem ter ideia de que a origem disso está numa alteração de seus processos de atenção e execução e sem saber como compensá-la.