quarta-feira, 16 de novembro de 2016

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16/11/2016 13h30 - Atualizado em 16/11/2016 14h01

Estudantes protestam em CPI da Merenda e são retirados de sessão

Grupo com 13 manifestantes foi expulso de galerias pela Polícia Militar.
Votação de pedido de reconvocação de lobista acabou sendo adiada.

Do G1 São Paulo
Um grupo de 13 estudantes foi retirado de sessão da CPI da Merenda, na Assembleia Legislativa de São Paulo, na manhã desta quarta-feira (16) após realizar protesto na galeria do plenário durante a reunião.
Segundo informações do SPTV, os estudantes protestavam contra a bancada governista durante discussão sobre a reconvocação do lobista Marcel Júlio, principal delator do escândalo da merenda. A pedido do presidente da CPI, deputado Marcos Zerbini (PSDB), a Polícia Militar retirou o grupo de manifestantes da galeria, que acabou ficando na área da imprensa. A votação do pedido de reconvocação do lobista foi adiado para a próxima sessão.
Nesta quarta-feira, a CPI tinha a previsão de ouvir Cássio Chebabi, ex-presidente da Cooperativa Agrícola Familiar (Coaf). O advogado de Chebabi informou que ele não compareceu porque só foi convocado nesta terça-feira (15).
Duas pessoas ligadas à Secretaria de Educação prestaram depoimento à CPI nesta quarta-feira. Célia Palótico disse que só desconfiou que havia algo errado no contrato da Coaf com a Secretaria da Educação após a Operação Alba Branca.
A outra funcionária ouvida, Silvia Cristina Lancellotti, ameaçou o deputado Barros Munhoz (PSDB) quando ele disse  que muitas pessoas estavam mentindo na CPI. A funcionária da Secretaria da Educação disse para o deputado ter “mais educação” para, segundo ela, “depois não ser processado”. O parlamentar disse a jornalistas não ter medo desse tipo de ameaça.

O que é a fraude da merenda
Segundo o Ministério Público, uma cooperativa de agricultores, a Coaf, assinou ao menos R$ 7 milhões em contratos com 21 prefeituras, além do governo estadual, somente entre 2014 e 2015, para o fornecimento de alimentos e suco para a merenda.
Ainda de acordo com a Promotoria, parte desse valor era usada no pagamento de intermediários e agentes públicos que atuavam para facilitar ou fraudar as licitações para beneficiar a cooperativa. O caso veio à tona em janeiro deste ano.
O presidente da Assembleia, Fernando Capez (PSDB), também investigado, nega as acusações e afirma que tomará providências judiciais e administrativas. Capez disse também que a investigação sobre a máfia da merenda foi pedida por ele.

Histórico
A CPI da Merenda foi criada em 30 de maio para investigar a suspeita de fraude do fornecimento de alimentos para escolas estaduais. O pedido de instauração de CPI para investigar contratos relacionados ao fornecimento de merenda escolar foi feito pelo PSDB no dia 10 de maio, logo após os estudantes ocuparem o plenário da Casa. Em menos de 24 horas, cerca de 70 deputados assinaram – mais que o dobro do exigido (32).
Dos nove deputados que formam a CPI, oito são da base governista. São eles: Barros Munhoz (PSDB), Marcos Zerbini (PSDB), Estevam Galvão (DEM), Adilson Rossi (PSB), Jorge Caruso (PMDB), Gilmaci Santos (PRB), Coronel Camilo (PSD) e Delegado Olim (PP).  Somente Alencar Santana Braga (PT) é da oposição.
De acordo com o partido, o texto da oposição era limitado à Secretaria de Educação. Na proposta dos tucanos, serão investigados também os contratos com as prefeituras, o envolvimento de agentes públicos e agora, as empresas.
A oposição, que tentava emplacar requerimento sobre o tema desde fevereiro, disse que se viu obrigada a assinar a CPI governista para poder intervir na investigação, embora tema que a comissão seja "chapa branca" – foque nas prefeituras para blindar o governo de Alckmin.



Fonte: 
http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2016/11/estudantes-protestam-em-cpi-da-merenda-e-sao-retirados-de-sessao.html

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