quinta-feira, 29 de março de 2012

Informação importante

Saúde alerta para doença transmitida por fezes de pombos

 
A morte de um paciente em Londrina por criptococose chama a atenção para a doença causada por dois tipos de fungos presentes em fezes de aves - Cryptococus neoformans e Cryptococus gatti, explica a coordenadora do Núcleo de Epidemiologia do Hospital Universitário de Londrina (HU), a médica sanitarista Josemari de Arruda Campos. A doença mata até 30% dos pacientes.
"Casos diagnosticados em pessoas sem imunodeficiências reforçam a necessidade de aprofundar análises laboratoriais para a identificação do agente causador", falou Josemari. "A recomendação é que pessoas imunodeficientes evitem trabalhar na limpeza de ruas, porões ou outros locais com grande concentração de aves, e que pessoas que trabalham varrendo ruas ou em locais utilizem máscaras" afirmou.
Mais comum no Brasil, o neoformans contamina o homem a partir da aspiração de excrementos de fezes de aves como, por exemplo, pombos. Pessoas imunodeprimidas, como doentes de aids ou pacientes em tratamento de câncer, são mais suscetíveis à doença, explica o médico infectologista do Hospital de Clínicas da UFPR Flávio Telles.
"A criptococose é uma doença grave, que se manifesta com meningite e pneumonia, e que apesar de ser mais comum em imunodeprimidos, já foi diagnosticada em pessoas sem problemas no sistema imunológico", explicou. Apesar de pombos e outras aves serem os principais agentes transmissores da doença, em suas fezes, seu extermínio não é a forma de diminuir o contágio. "A melhor forma de prevenção é aprimorar o sistema de limpeza das cidades e não alimentar pombos em praças ou espaços públicos", disse o médico.
O outro tipo de fungo causador da doença, o Cryptococus gatti, não é comum no Brasil, mas já foi identificado em países como a Austrália e se transmite a partir de flores de eucalipto. O tratamento para ambos os tipos é o mesmo, com medicamentos antifúngicos.


Governo do Estado do Paraná  

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