domingo, 21 de outubro de 2012

Evite brigas no relacionamento

 
 
Depois que a fase de lua-de-mel termina e passamos a enxergar o companheiro tal como ele realmente é, algumas manias, decisões ou mesmo posturas começam a nos irritar ou trazer descontentamento. A grande questão é que temos que amar o outro pelo que ele é e não por aquilo que gostaríamos que fosse. Isto posto, além do bom e velho respeito, existem algumas dicas que podem nos ajudar a evitar estas discussões, muitas vezes desnecessárias.

Veja abaixo:

1. Não insulte - Lembre-se que nunca discussão a única coisa que você deseja é ser compreendido, expondo um ponto de vista, isso não significa que você precise rebaixar a outra pessoa, só porque ela não concorda com você.

2. Não grite - Engana-se quem pensa que falar mais alto vai causar mais impacto ou convencer a outra pessoa daquilo que se diz. Um tom agradável é sempre mais positivo do que um estridente.

3. Não fale mal da família nem amigos dela/dele - Citar a família e os amigos como uma justificativa ou reforço daquilo que você está tentando provar pode ser considerado um "golpe baixo". Não existe a real necessidade de degradar outras pessoas para se sobressair em seus argumento.

4. Não diga: "Eu te disse" - Novamente existe aqui a questão do rebaixamento. Dizer "eu te disse" é o mesmo que "eu sou melhor que você" ou "se você fizesse as coisas do meu jeito, seria mais feliz" ou pior "você é incapaz de realizar qualquer coisa sozinho".

5. Evite comparações e referências pessoais - Muitas vezes, vendo o erro no outro, temos a tendência a citar nossas próprias experiências de vida como exemplo daquilo que se deve fazer, mas, isso causa os mesmos efeitos do item anterior. O outro, que já está na defensiva, irá pensar que você está se gabando ou se considerando superior.

O que fazer?

Uma das coisas é entender como funciona a dinâmica homem-mulher. Para isso, leia o artigo O Medo Feminino e a Vergonha Masculina

 

O Medo Feminino e a Vergonha Masculina
Por mais que sejam humanos e em essência tenham mais similaridades que diferenças, homens e mulheres carregam características singulares que na prática do convívio cotidiano podem transformar um relacionamento de ótimo à ruim e vice-versa, dependendo apenas da postura de cada um em entender ou não estas disparidades.

Segundo dados do IBGE coletados em 2005, a taxa de divórcios no Brasil atingiu a maior taxa nos últimos anos (1,3%) e o tempo médio de duração dos casamentos tem sido apenas de 12 anos, aproximadamente.

Pode-se perguntar então por que tantos casais apaixonados no início de namoro chegam a esta situação de separação, cheios de dor e ressentimento.

Obviamente não há como generalizar os motivos, já que a complexidade dos seres humanos por si só já deixa margem à milhares de hipóteses. Entretanto, se buscarmos a resposta mais simples - a geralmente citada na maioria dos casos como sendo a principal razão para o divórcio - encontraremos o termo "incompatibilidade de gênios".

Em outras palavras, aqueles parceiros, que antes eram tão deslumbrados um pelo outro, de repente não conseguem mais conviver juntos, tornando-se ou frios e indiferentes ou raivosos e críticos. Essa dualidade pode igualmente ser bem percebida entre uma separação amistosa e uma litigiosa.

Será que todas essas separações são frutos do fim do amor que outrora sentiam? É fato que muitos dos divorciados dizem que em determinado momento não se sentiam mais compreendiam. Falavam e não eram ouvidos. Expressavam-se e eram mal-interpretados. Seria, portanto, erro de comunicação?

Segundo os terapeutas de casais Patrícia Love e Steven Story, que recentemente lançaram o livro "Não Discuta a Relação" (Ed. Nova Fronteira, Rio de Janeiro, 2007), o que está por trás de toda esta insatisfação entre os casais é muito mais simples, porém, menos evidente: a diferença natural entre homens e mulheres, vindas igualmente da educação e da sociedade onde cresceram.

Enquanto as mulheres respondem mais ao medo de sofrerem privações, de serem machucadas ou de ficarem sozinhas, os homens são particularmente afetados pela vergonha de não vencerem na vida, de não serem os provedores da família ou de não mostrarem seu devido valor ou honra ao meio onde habitam.

Então, quando um homem e mulher conversam, principalmente em tempos de crise, estão tentando comunicar através das críticas, da ansiedade e tensão, a vergonha e o medo que sentem respectivamente, e que não sabem expressar e compreender tanto em si mesmo, quanto no outro.

Assim, toda a vez que o homem se sente fracassado, ele se isola e se retrai, pois tenta evitar pensar ou falar sobre aquilo que lhe traz vergonha. Mas, quando sua companheira o vê desse jeito, automaticamente se sente nervosa e ansiosa, pois um parceiro que não se comunica e se distancia, é um parceiro que a isola, o que ativa rapidamente seu medo de ficar sozinha.

Ela então tenta conversar, pois as mulheres são mais propensas à comunicação - em grupos femininos as amigas mostram compaixão e solidariedade quando uma delas não se sente bem. O problema é que esta característica tipicamente feminina não se aplica aos homens. Ele provavelmente ficará irritado com a insistência dela em falar sobre o assunto. Talvez seja até rude e a ofenda, levando os dois a um ciclo vicioso de ressentimento que tende a aumentar caso não parem de reagir negativamente ao medo e à vergonha um do outro.

Portanto, quando entendemos essa dinâmica, aprendemos a ser mais compassivos com aqueles que amamos. Se toda a vez que o homem visse sua mulher ansiosa e nervosa, desse simplesmente um abraço nela mostrando apoio, ao invés de se sentir envergonhado por não ter evitado a insatisfação dela, não teríamos conflito.

E, se toda a vez que a mulher percebesse a vergonha em seu amado, fizesse com que ele se sentisse necessário e compreendido, dando-lhe espaço para ficar sozinho e mostrando de maneira sutil, atividades que o façam se sentir útil, ele não se irritaria e não se distanciaria.

É somente demonstrando compaixão pelo companheiro, tentando entender as situações sob o ponto de vista emocional do outro, é que conquistaremos um relacionamento harmonioso e feliz.

Por isso, da próxima vez em que for simplesmente reagir, procure agir. O que nos falta é consciência pura e simples do que sentimos, do que fazemos e do que falamos.

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