Nas eleições municipais está em jogo a criação de condições para que todo cidadão possa dizer o que quer e como quer organizar o município, Não se trata apenas de escolher este ou aquele candidato a prefeito, este ou aquele candidato a vereador.
Trata-se de escolher prefeito e vereadores que efetivamente demonstrem respeito ao cidadão e compromisso com a implementação de políticas públicas que venham atender às necessidades da população.
A escolha de cada eleitor precisa ser livre. Para isso, é necessário basear o voto em convicções e em argumentos. Não basta votar por qualquer motivo. É preciso que cada eleitor tenha bons motivos para votar. Receber algum favor pessoal, promessas vazias ou de boa vontade, o bueiro na frente de casa, a dentadura, um jogo de camisetas para o time, uns metros de brita ou areia, alguns tijolos e até dinheiro não são, definitivamente, bons motivos para votar. Aliás, são motivos muito ruins. Ao contrário, são exatamente motivos para não votar em candidato que os apresentar ou propuser. Votar dessa forma é deixar de ser livre e fazer do voto um produto de compra e venda.
Assim como no ato da compra de um carro, por exemplo, este carro deixa de ser da concessionária e passa a ser do comprador, se o voto for vendido, o poder de escolher e de dizer sempre o que o eleitor quer para seu município fica prejudicado. Vender voto é vender poder. É vender a possibilidade de discutir, de concordar e de discordar com tudo aquilo que vier a ser feito por quem for eleito. De outro lado, comprar o voto dos eleitores é demonstração clara de desrespeito com o cidadão, de falta de compromisso com a comunidade, de que o candidato só quer representar seus próprios interesses.
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